A imagem das ruínas maias de Tulum debruçadas sobre o mar do Caribe foi uma das primeiras imagens que me conquistou no planejamento da viagem para Cancun e Riviera Maya, no México.
Eu queria muito reproduzi-la. Tem gente que acha que fotos de paisagens são desnecessárias, já que foram fotografadas anteriormente. Para mim, eu preciso não somente ver os lugares com meus próprios olhos. Eu também preciso fotografar com minha própria câmera (e também filmar, já que também compartilhamos nossas viagens no YouTube).
Por isso, uma das coisas que eu queria muito fazer, ao chegar nas ruínas de Tulum, era chegar logo à praia. Tulum possui a única ruína maia localizada em frente ao mar do Caribe e uma das melhores praias do mundo, a Playa Paraiso.
Mas Tulum tem vários outros atrativos além da Zona Arqueológica e das praias e seus beach clubs. Os cenotes são um dos programas imperdíveis. De uns tempos para cá, tem muita gente que opta por ficar hospedado em Tulum, para ter uma experiência diferente e mais profunda do lugar.
Confira nossas dicas e experiências de viagem em Tulum e saiba porque consideramos esse o melhor passeio para se fazer a partir de Cancun e Riviera Maia. Um destino imperdível, muito além daquela imagem que você viu na internet.
O que fazer em Tulum – Dicas e Ruínas Maias: Passeio em Cancun, México
Confira dicas e o que fazer em Tulum, no México, um dos melhores destinos do Caribe Mexicano
Tulum – Como Chegar
O percurso de Playa del Carmen até Tulum dura menos de 1 hora de carro. Para quem preferir, dá também para ir de van ou de ônibus. Também vimos também muita gente chegando de bicicleta (o uso de bikes como transporte é bem comum).
Vale a pena ficar hospedado em Tulum?
Tulum é uma opção de destino bem mais rústico do que Cancun ou Playa del Carmen. As hospedagens são mais simples (nem todas, existem também hotéis mais sofisticados) e o centro (Tulum Pueblo) tem várias lojas e restaurantes, mas bem diferente do que se encontra em Cancun e Playa del Carmen.
No final desse post, você encontra alguns posts de amigos que ficaram hospedados em Tulum.
As opções de hospedagem em Tulum podem ser no centro da cidade ou próximo da praia. Para quem está sem carro, a dica é ficar no centro, assim você não fica isolado da vida noturna da cidade. Alguns hotéis disponibilizam bicicletas como cortesia aos hóspedes, como o Coco Hacienda Tulum. O Secret Garden também é uma boa opção, com preços super acessíveis.
Por outro lado, ficar numa pousada pé na areia em Tulum é aquele programa dos sonhos. Uma das melhores opções é o El Pez Tulum, mas é um pouco caro. O Dune Boutique Hotel e o Diamante K têm preços mais acessíveis e boas avaliações.
Um dos hotéis mais famosos de Tulum é o Azulik (conhecido por causa das fotos instagramáveis). Mas ironicamente, o hotel não tem avaliações muito positivas no Booking. As críticas principais se referem a falta de conforto e relação custo benefício. O principal problema, a meu ver, é que o hotel tem água salobra nos chuveiros e pia, então é bem ruim ter que escovar os dentes ou tomar banho com água do mar, por exemplo. Fique ligado pois isso é comum nos hotéis pé na areia lá de Tulum.
O hotel tem um conceito arquitetônico bem especial, com quartos de frente para o mar, muito contato com a natureza e uma proposta bem rústica. Se quiser conhecer mais, dá uma olhada nesse vídeo da Dani Noce.
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Onde Ficar em Cancun e Riviera Maia: Dicas de Resort All Inclusive e Hotéis Baratos
Tulum sem carro (de ônibus ou de van)
- No calçadão de Playa del Carmen, há uma estação rodoviária da ADO, de onde saem ônibus em vários horários para Tulum.
- No caminho para Tulum, estão o Xcaret, o Xel-Há, as praias, os cenotes, tudo bem sinalizado. Playa del Carmen fica 1 hora mais próxima desses passeios do que Cancun. Ou seja, é fácil ir sozinho para esses lugares.
- Outra opção ainda com maior frequência do que os ônibus são as vans (as famosas lotações, assim como no Brasil), que fazem o mesmo trajeto. O motorista vai falando os pontos de desembarque. Quando chegar o seu, é só pedir para descer.
- As vans podem ser tomadas na Calle 2 Norte esquina com 20 Avenida Norte. Veja mapa aqui.
- Pedimos para descer nas ruínas e o motorista nos deixou em um ponto bem frente, nos instruindo a direção que deveríamos seguir.
Tulum de carro: cuidado com a localização no GPS
Chegar foi meio confuso. O Waze tinha nos passado outro caminho, mas preferimos confiar nas placas na Carretera. Elas nos levam até uma série de estacionamentos, com preços em torno de MXN 100,00.
Estacionamos por lá e depois é preciso caminhar por cerca de 1 km até a bilheteria da Zona Arqueológica de Tulum.
O que fazer em Tulum: Principais Pontos Turísticos
Antes de mais nada, assista nosso vídeo com algumas imagens incríveis das ruínas maias e das praias de Tulum.
1 – Ruínas Maias: Zona Arqueológica de Tulum
A fila estava grande, se possível chegue bem cedo ou evite o período da manhã, quando o lugar fica mais cheio. O ingresso custou MXN 75,00 por pessoa (ref. março/2019).
Na entrada, é possível também contratar um guia turístico, em diversas línguas inclusive o português. O guia ajuda bastante na visita, mas não chega a ser imprescindível. Em alguns pontos da zona arqueológica, existem placas com algumas informações sobre os sítios.
Prepare-se pois o calor é intenso. Não há sombras e caminha-se muito, por isso não é difícil ver alguém passando mal. Leve água e hidrate-se bastante.
A visita guiada
Nossa guia foi a Inez, muito atenciosa, mas ficamos com a impressão que ela não conseguiu cobrir toda a extensão das ruínas. Ao todo, a visita guiada durou 1 hora.
No início, Inez explicou que os maias tinham bastante interesse por astronomia e religião. Esse interesse originou diversos estudos, como o calendário maia, e a previsão que o mundo acabaria em 2012.
Ela também comentou que o sítio arqueológico de Tulum era um dos mais recentes. Provavelmente quando Tulum foi construída (no ano 1.000 D.C.), outras cidades maias como Chichén Itzá, Palenque, Uxmal, já estavam abandonadas.
Tulum significa ‘muro’ e a cidade maia é bem conhecida por sua muralha, que delimita o conjunto principal por seus lados norte, sul e oeste, já que o setor oriental olha para o mar do Caribe. São cinco entradas e duas torres de vigia. Mas o nome original do sítio arqueológico era Zama, que significa ‘amanhecer’ e explica a localização do sítio em posição estratégica.
Das ruínas, vimos que poucas restaram, devido a ação do tempo (provavelmente ainda mais crítico por estar frente ao mar). As ruínas que restaram eram as mais importantes, com colunas à frente e por vezes símbolos que representavam os seus moradores mais nobres, como sacerdotes, astrônomos e arquitetos.
El Castillo
A pirâmide El Castillo domina o lugar, e era o lugar onde os maias faziam sacrifícios em oferenda aos seus deuses. A família daqueles escolhidos para serem sacrificados, se sentiam privilegiados.
O local possui um templo com três entradas decoradas com colunas serpentinas e duas máscaras zoomórficas nos cantos. Na frente do castelo há uma plataforma para danças e para o lado sudoeste está o Templo de la Serie Inicial, onde se encontra a data mais antiga documentada em Tulum: 564 d.C.
Depois que terminamos a visita guiada, fizemos mais uma caminhada pelas ruínas, dessa vez para fotografar um pouco mais o lugar.
O sítio estava muito cheio, Inez nos disse que à tarde o lugar fica bem mais tranquilo. Ainda assim, esperando em um lugar ou outro, conseguimos tirar todas as fotos que queríamos.
As ruínas de Tulum não são tão interessantes como as ruínas de Chichén Izá e Cobá, mas o cenário das ruínas com o mar ao fundo é espetacular, e por isso essa uma das melhores coisas para se fazer em Cancun.
Depois que você tiver visto todas as ruínas, não deixe de explorar toda a trilha com vista para o mar. Paradas para fotos são inevitáveis, um pouco mais tranquilo de fotografar do que próximo da escada para a praia. E já saia por uma das cinco muralhas de Tulum, a saída da direita dá acesso diretamente às praias de Tulum.
2 – Praias Públicas de Tulum
Da saída da Zona Arqueológica, você já encontra alguns taxistas parados, mas chegar na Praia de Santa Fé é bem rapidinho. Não passam de 10 minutos.
A Praia é pública e possui algumas poucas vagas para estacionar. Nós deixamos nosso carro lá no estacionamento pago da Zona Arqueológica.
Santa Fé
A primeira praia do nosso percurso é a Santa Fé. Ali como em todas as outras, é possível encontrar vários restaurantes e barracas de praia. A média de preços de uma cerveja por lá é de MXN 40,00.
As praias de Tulum, infelizmente, estão dominadas pelo sargaço, mas isso não atrapalha totalmente a experiência. O sargaço fica na areia e o cheiro é forte, mas o mar está livre deles. É possível notar o esforço local para retirar o sargaço, em alguns trechos existem pilhas enormes da alga.
O mar também já não é lá aquela coisa de Caribe. Estivemos em 2012 e o mar era cristalino e azul turquesa. Em 2019 a água estava um pouco mais turva e esverdeada, mas ainda muito bonita.
Mas já vimos imagens na internet em que o mar estava praticamente marrom com tanto sargaço, então depende um pouco de sorte de quando você estiver visitando o lugar, pois o sargaço vem e vai, sem muita possibilidade de previsão.
O mais legal da praia são as barracas charmosas e o público que as frequenta.
Playa Pescadores
Da praia também saem passeios de barco para ver as piscinas naturais. Acabamos não fazendo por falta de tempo, mas através de um voo de drone vimos que parecem muito bonitas.
O passeio custa em média MXN 200,00 por pessoa e vimos todos os passageiros embarcando com coletes salva-vidas (chalecos). Na própria praia é possível contratar o passeio.
Playa Paraiso
Mas vale mesmo fazer uma caminhada até a Playa Paraiso.
A praia foi nossa preferida durante muito tempo após nossa viagem de 2012, mas infelizmente também já não é tão bonita. Estava super cheia e com espreguiçadeiras e pessoas preenchendo praticamente todos os espaços vazios.
O cenário com os coqueiros ainda é muito bonito. Vale tirar uma foto com uma placa do nome da praia e os coqueiros ao fundo.
Se você estiver com tempo, vale a pena seguir a caminhada até o Papaya Playa Project ou a região do Hotel Azulik. Ali ficam praias mais reservadas e frequentadas somente por quem fica hospedado em Tulum.
3 – Cenotes em Tulum
E o tempo passou voando em Tulum e já eram 15h. Nós queríamos ainda ir até pelo menos um cenote na região. Voltamos para o carro (ali da Playa Paraiso até o estacionamento lá na entrada da Zona Arqueológica foram cerca de 20 minutos de caminhada) e embarcamos para o Gran Cenote.
Ele fica pertinho do centro de Tulum, cerca de 10 minutos de carro, mas não dá para ir caminhando pois é no meio de uma estrada, caminho para Cobá. De bicicleta é possível ir até o local.
O estacionamento é gratuito e tem uma quantidade razoável de vagas. A entrada custa MXN 180,00, mas fica a dica: o último acesso é às 16h10 e às 16h40 eles já começam a apitar e expulsar todo mundo do cenote.
Gran Cenote
Mais uma vez nosso tempo voando. Mas o lugar é espetacular, como lembrávamos. A água é bem cristalina e em alguns trechos, o sol ilumina a água do cenote, ganhando cores surreais. De dentro da água, é ainda mais lindo. Você afunda e vê os raios solares batendo sobre o cenote, coisa de filme.
Alguns jabutis ficam nadando no cenote, fique ligado para vê-los. Tem alguns peixinhos bem pequenos também.
O legal desse cenote é que ele tem duas aberturas e um túnel que as liga. Então você pode ir nadando por uma entrada até a outra, nadar por partes iluminadas e por outras mais escuras, inclusive com morcegos sobrevoando. Assim você tem o melhor de dois mundos: o cenote aberto e com as cores e luz do sol, e o cenote fechado, com suas estalactites e a sensação de estar entrando numa gruta impressionante.
Aluguei um colete salva-vidas para me ajudar, custou MXN 50,00 (você aluga ali mesmo no cenote), só precisa deixar um documento de garantia.
E como dissemos, logo começou a apitar e tivemos que sair. Mas com aquela sensação gostosa de termos visitado um lugar incrível, sabe? O Gran Cenote é imperdível.
Se puder também visite o Cenote dos Ojos, outro dos cenotes de Tulum que vale super a pena conhecer.
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