Difícil não se emocionar com o filme “Bohemian Rhapsody”. A banda Queen e seu vocalista Freddie Mercury souberam, como poucos, envolver o público e empolgar multidões. A cinebiografia da banda chega nos cinemas com essa mesma ambição.
Com estréia prevista para dia 1 de novembro de 2018 no Brasil, o filme tem uma apresentação especial no dia 30 de outubro, no Allianz Parque. O Celebration Experience tem projeção do filme seguido de show da Banda Malta e Frejat. O repertório, lógico, é todo composto de músicas do Queen.
Em entrevista para jornalistas, os participantes da banda Malta lembraram a importância que o Queen e Freddie Mercury representam para qualquer músico. E como o filme é uma experiência emocionante.
De fato, a película consegue empolgar em vários momentos musicais do vocalista, como no famoso concerto Live Aid, que reuniu vários artistas em prol de vítimas da fome na África. O show no Wembley Stadium, em Londres, foi transmitido para um público estimado de 1,5 bilhão de espectadores, em mais de 100 países. É também o clímax do filme.
Bohemian Rhapsody chega aos cinemas e emociona com trajetória de Freddie Mercury
Filme traz a história do vocalista da banda Queen, considerado um dos melhores artistas de rock de todos os tempos
O filme “Bohemian Rhapsody” (Bohemian Rhapsody, 2018) conta a trajetória de sucesso da banda Queen, que é permeada pelas mudanças no estilo de vida de seu vocalista, Freddie Mercury.
Com um dos maiores vocalistas de rock de todos os tempos, o filme mostra o processo criativo de Freddie Mercury e da banda Queen. Alguns dos melhores momentos da produção, mostram a gênese de algumas das músicas mais famosas do Queen. Essas cenas e as apresentações geniais da banda e de Freddie Mercury são o grande destaque da película. Nós tivemos a oportunidade de assistir em IMAX e a experiência ficou ainda mais impressionante.
Recriando Freddie Mercury
Obviamente, o grande protagonista da película é Freddie Mercury (Rami Malek, da série de televisão Mr. Robot). Para o ator, um dos maiores desafios foi mesclar a personalidade performática de Mercury com sua intimidade.
“Eu retornava constantemente para suas entrevistas e performances para entender os diferentes aspectos dele”, declarou Malek. “Obviamente, existe um lado do artista performático que explode no palco. Mas também existe o ser humano que pode ser recluso e solitário na intimidade. Foi um desafio relacionar quem era essa pessoa – alguém que tinha crescido em Zanzibar, enfrentou uma revolução e mudou com sua família para Londres. É o tipo de infância que torna-se emblemático para alguém em busca de sua identidade”. Fonte: Entertainment Weekly
Para Malik, não era uma questão de imitá-lo, mas entender como e porque ele fazia as coisas daquele jeito.
Além de coreógrafos, o ator também contou com treinadores de movimento, para recriar olhares, gestos e movimentos de palco famosos do cantor. Finalmente, o figurino também ajudou bastante a incorporar o personagem.
Homossexualidade e a Aids
Como não podia deixar de fora nesse tipo de cinebiografia, alguns aspectos de sua vida pessoal são mostrados. As músicas do Queen e a vida de Mercury estão intimamente ligadas.
Mercury é um dos maiores ícones da comunidade LGBT e faleceu vítima de AIDS em 1991. Esses aspectos não foram deixados de lado pelo roteiro. Antes do lançamento, muita polêmica girou em torno disso, já que o trailer mostra pouco da homossexualidade do cantor. Outro aspecto controverso é que o filme dá mais destaque para seu relacionamento hétero do que para seu companheiro gay.
Inicialmente casado com Mary Austin (interpretada por Lucy Boynton), ela foi considerada pelo próprio Mercury como o grande amor da sua vida. A música “Love of my Life” foi composta especialmente para ela. Posteriormente, ele assumiu sua sexualidade para a esposa.
Mas apesar de ter vivido um relacionamento homoafetivo estável até sua morte (com Jim Hutton, no filme interpretado por Aaron McCusker), ele nunca assumiu publicamente a sua homossexualidade. Seu relacionamento com Hutton aparece somente no final da película.
A música Bohemian Rhapsody
Alguns acreditam que a música “Bohemian Rhapsody” seria uma possível saída do armário de Mercury (“Mamma Mia let me go”), mas os membros do Queen evitam comentar essa teoria.
“So you think you can stone me and spit in my eye
So you think you can love me and leave me to die
Oh baby, can’t do this to me baby
Just gotta get out just gotta get right outta here”, trecho da música Bohemian Rhapsody.
Além de sua homossexualidade, Mercury só assumiu que tinha HIV na véspera de sua morte.
Após a morte de Mercury, é inegável a influência que ele possui sobre vários artistas e bandas de rock que o precederam.
O filme é dirigido por Bryan Singer (X-Men), mas devido a alguns problemas pessoais ele foi substituído no final das filmagens por Dexter Fletcher.
Ficha Técnica
Filme: Bohemian Rhapsody
Direção: Bryan Singer
Produção: Fox Film do Brasil
Roteiro: Anthony McCarten
O melhor: as sequências dos espetáculos e processos criativos da banda são emocionantes
O pior: alguns críticos argumentam que o filme deveria ter focado mais na intimidade do cantor e ter uma narrativa menos careta
Ano: 2018
País: Reino Unido / Estados Unidos
Avaliação: ★★★★
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3 Comentários
Freddie Mercury & Michael Jackson ..
https://www.youtube.com/watch?v=3tlv0_QGs1I
Fabio, tem um erro grave la no inicio. O festival se chama live aid. Ve la como tá. Pode apagar meu comentario. Abraço
Obrigadão meu amigo. Já corrigido, faltou a revisão aí, na legenda da foto eu até escrevi o correto. Abraços.