Mas olha só, como nossa visita foi diurna, o foco era bem mais cultural e fizemos um roteiro incluindo alguns espaços culturais e museus gratuitos da região. Para isso, contamos com uma ótima companhia.
Nessa última viagem para a França e a Itália, resolvemos estabelecer contato com alguns blogueiros de viagem vivendo nesses lugares.
O objetivo era conhecer um pouco mais da cidade através do olhar não somente de um morador, mas de um blogueiro morador. Quer coisa melhor?
Nosso primeiro contato foi com a Martinha Andersen do sensacional blog Viajoteca. E ela se mostrou super solícita para nos acompanhar em um dia de viagem. Para tanto, escolhemos um post do Viajoteca para que ela nos acompanhasse.
Mais do que nos acompanhar, Martinha acabou caindo de paraquedas e participando de um dos momentos mais importantes e emocionantes de nossa vida. No final do post, também rola o vlog desse dia de viagem, não deixem de conferir também com uma entrevista com a Martinha.
Roteiro no Marais | Paris
Europa 2015: Diário de Viagem – Dia 4
A Place des Vosges é um dos principais cartões postais do bairro do Marais |
Nessa matéria, vamos mostrar algumas fotos do passeio pelo Marais e Petit Palais, mas deixar vocês curiosos para acessar o Viajoteca, o post dos museus gratuitos em Paris e outros conteúdos incríveis. Durante nossa pesquisa pré-viagem, foi nas matérias da Martinha que mais encontramos informações relevantes e boa organização para o planejamento da nossa viagem.
O Viajoteca é um blog em conjunto, administrado por quatro blogueiros expatriados, cada um vivendo em um canto do mundo. Carina mora na Alemanha há 12 anos, Mirella nos Estados Unidos, Oscar na Nova Zelândia e finalmente a Martinha, que vive na França.
O trabalho da Martinha no Viajoteca (principalmente sobre Paris) é bastante completo, original e aprofundado. Ao contrário de outros blogs sobre Paris que pesquisei, e que tinham o conteúdo bem superficial, Martinha vai a fundo e tem uma visualização e organização bastante amigáveis ao leitor. Vale super a pena.
Nós e a Martinha, nossa guia pelo bairro do Marais e pelos museus gratuitos de Paris |
Sugerimos a leitura: Todos os posts de Paris no Viajoteca
Se você quer se hospedar no Marais: Onde Ficar em Paris – Dicas de Hotéis
1 – Os museus gratuitos de Paris
Nosso roteiro com a Martinha incluía visitar alguns museus gratuitos em Paris. Embora os posts da Martinha falem sobre vários centros gratuitos em Paris, nós visitamos apenas 3 deles. Esses museus são gratuitos em todos os seus dias de funcionamento.
Na hora de solicitar seu ingresso, existem valores cobrados para exposições temporárias, por isso tome cuidado para não comprar um ticket quando não é necessário.
Outros museus de Paris possuem entrada grátis em determinados dias da semana ou do mês. O Pompidou, o Museu D’Orsay e o Museu Rodin, entre outros, são grátis no primeiro domingo do mês. Mas se as filas já são grandes em dias pagos, imagine em dias gratuitos.
Museu Rodin, grátis no primeiro domingo do mês |
Museus e monumentos como o Louvre, o Arco do Triunfo e o Castelo de Versalles são grátis apenas no primeiro domingo dos meses de baixa temporada (novembro a março, por exemplo). Consulte a lista completa em link indicado no final desse post.
2 – No Marais: a bela Place des Vosges
Antes de começar nosso roteiro de museus, nosso ponto de partida foi a bela Place des Vosges, no coração do bairro do Marais. Para chegar lá, as estações de metrô mais próximas são a Chemin Vert ou a Bastille.
A simetria da Place des Vosges a coloca num patamar entre as praças mais bonitas do mundo |
O Marais abrange o 3˚ e o 4˚ arrondissements de Paris. O bairro tem praticamente a forma de um triângulo, cujos vértices são a Praça da Bastilha, a Place de la Republique o Hôtel de Ville. Repleto de mansões dos séculos XVII e XVIII, algumas delas foram transformadas em museus, como os que veremos a seguir.
Além da frequência gay-friendly, o bairro também é local da comunidade judaica, principalmente nos arredores da Rue de Rosiers. O lugar que tem o nome “pântano” (significado de marais) virou endereço da moda de Paris no século XVII.
A Place des Vosges é considerada uma das mais belas do mundo, por causa de sua simetria. São 36 casas, 9 de cada lado de um quadrado simétrico. As casas são de tijolos vermelhos e por debaixo delas galerias permanecem como há 400 anos.
Fontes na Place des Vosges, um óasis de tranquilidade no coração do bairro do Marais |
Arcadas na Place des Vosges abrigam bares, cafés e restaurantes, mais de 400 anos de história |
3 – Maison de Victor Hugo
A casa onde o escritor Victor Hugo viveu, de 1832 a 1848, fica na Place des Vosges.
Só a visita até a praça já vale seu tempo, mas é legal também entrar em um dos ambientes que circundam a praça. Se ele tiver sido a residência do escritor Victor Hugo (autor de “Os Miseráveis”, 1862), melhor ainda.
Quem entra por uma portinha discreta, não imagina a riqueza e beleza de seu interior. A decoração foi mantida de forma que remete à vida e ao trabalho do escritor.
Entre os ambientes, destaca-se o Salon Rouge (Salão Vermelho), com retratos da família e um belo papel de parede vermelho; o Salão Chinês (com painés chineses desenhados pelo próprio Hugo, uma faceta de decorador pouco conhecida do escritor) e o Quarto de Victor Hugo (recriado com a ajuda de seus netos).
Em uma portinha a partir da Place des Vosges, outro lugar de interesse é o Hôtel de Sully, com um belo e tranquilo jardim, o laranjal Petit Sully. Acabamos não visitando o interior.
Hôtel de Sully, uma portinha na Place des Vosges dá acesso a esses belos jardins |
4 – Museu Carnavalet
O Museu Carnavalet é um dos poucos exemplares de arquitetura renascentista, no mesmo estilo da fachada do Museu do Louvre, mas também é famoso pela participação do famoso arquiteto François Mansart (também responsável por parte da arquitetura do Castelo de Blois).
Jardins no interior do Museu Carnavalet, um hotel transformado para contar a história de Paris |
O prédio onde funciona o museu, foi antes disso um dos hotéis mais antigos do bairro do Marais e se transformou em museu em 1880, com o objetivo de contar a história de Paris.
A Paris de vários séculos está ali representada, com retratos de figuras famosas, objetos de Madame de Sévigné que viveu no Hôtel Carnavalet de 1677 a 1696, cartazes, maquetes, fotografias, móveis decorativos e objetos que ilustravam as fachadas dos lugares (como o Gato Negro que figurava em Montmartre).
Gato Negro, do final do século XIX, ilustrada a vida noturna e encontrava-se na fachada de um cabaret |
1 – A joalheria de Georges Fouquet (1900) tem decoração Art Nouveau
2 – O berço do príncipe Louis-Napoléan foi doado pela prefeitura de Paris a Napoleão III em 1856
Um dos ambientes mais lindos é o Salão de Baile do Hôtel de Wendel, reconstituído com um mural, obra do pintor catalão José Maria Sert y Badia |
5 – Rue des Rosiers e o L’As du Fallafel
A Rue des Rosiers é o epicentro da comunidade judaica em Paris. Os judeus começaram a ocupar o bairro por volta do século XIII. É desses lugares que não têm propriamente atrações turísticas mas são super gostosos de visitar.
A Rue des Rosiers é um calçadão agradável para se caminhar no bairro do Marais |
Eu logo me encantei e Martinha nos levou para comer o famoso falafel do L’As du Fallafel. Famoso porque é o preferido declarado do cantor Lenny Kravitz e já foi aclamado por várias publicações como o New York Times e o Frommers.
O lugar tem fila, o sanduíche de falafel custa 8,50€ (o vegetariano é mais barato, 6,00€) e acompanha uma latinha de bebida. Infelizmente, uma desastrada que estava na minha frente derrubou a minha latinha.
“Falafel é um salgadinho originário do Oriente médio. Consiste em bolinhos fritos de grão-de-bico ou fava moídos, normalmente misturados com condimentos como alho, cebolinha, salsa, coentro e cominho.” Fonte: Wikipedia.
A fila para retirar o sanduíche até vai rápido (uns 15 minutos), mas se você quiser prepare-se para 1 hora de espera. Como o lugar não é lá essas coisas, resolvemos pegar e levar.
Pegamos o nosso fallabel e fomos até uma pracinha ali mesmo na Rue des Rosiers (Jardins des Rosiers), esses lugares escondidos em Paris. Quando você atravessa por mais uma portinha, encontra um espaço verde grande, com bancos e uma tranquilidade só. Que inveja desses recantos franceses.
Rue des Rosiers, no cantinho mais judeu do Marais. Foto: Shutterstock |
6 – Hôtel de Ville
Uma boa forma de encerrar seu roteiro pelo Marais é conferir a vista do Hôtel de Ville, um dos prédios com a fachada mais bonita de Paris. Visitas guiadas ao seu interior também são possíveis.
Fachada do Hôtel de Ville, um dos vértices do bairro do Marais |
De lá também dá para pegar o metrô para o nosso próximo destino dentro do roteiro de museus gratuitos em Paris. Mas isso é assunto para uma próxima matéria.
Abaixo você confere no mapa todos os lugares citados aqui. O roteiro começa na Bastille (ou pode começar também na estação Chemin Vert), passa pela Place des Vosges, Museu Carnavalet, depois Rue des Rosiers e encerra no Hôtel de Ville.
Outras Atrações no Bairro do Marais:
– Musée Picasso
– Place de la Bastille
– Igreja St.-Paul-St.-Louis
– Square du Temple
– Musée Kwok-On
Vlog desse dia da viagem, confira, comente e dê um joinha no YouTube.
© 2015 Fabio Pastorello. Todos os direitos reservados. A reprodução de textos e/ou imagens não é permitida sem prévia autorização do autor.
Roteiro de Viagem – Dia 5: Bate-volta até o Palácio de Versailles
Sugerimos a leitura:
Europa em 30 Dias: Roteiro pela França e Itália
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Leia também:
Viajoteca: 5 Museus Gratuitos em Paris – Parte I
Voali: Passeio no Marais
iGay: iGay indica os melhores endereços do Marais
Fonte:
Paris Info: Free Admission and good deals in museums in Paris
Paris Info: Quartier du Marais
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5 Comentários
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Adorei seu blog! Parabens! Espero usar muito! Por enquanto estou me programando para ir pela primeira vez a Paris. Com 4 amigas.
Abração!
Que máximo, vai ser uma viagem e tanto! Obrigado pela visita e comentário!
Eba, obrigadão Fernanda. Realmente, é isso aí. Acho que essas fórmulas de qual o melhor museu dependem muito do interesse de cada um. E eu adorei conhecer a história de Paris através do Carnavalet. Também prefiro o D'Orsay ao Louvre. Beijão, obrigado pela visita!!!
O Museu Carnavalet é sensacional!!! Foi o destaque na minha viagem para Paris (junto com o D´Orsay) – gostei muuuito mais do que do Louvre! Fotos lindas, pra variar rs.