Para quem viu o filme Moana: Um Mar de Aventuras, dos estúdios Disney, provavelmente ficou encantado com as paisagens mostradas na produção.
As animações têm alcançado um nível cada vez maior de fidelidade ao mundo real. Por isso, dá sim para ver uma animação, e ficar encantado com os lugares mostrados nela.
Preocupados com isso, quando surgiu a ideia de um filme que se passa em ilhas da Polinésia Francesa, os realizadores da Disney foram enviados ao destino, para fazer um trabalho de pesquisa.
Trabalho difícil, viu? Os diretores de Moana, John Musker e Ron Clements, viajaram para ilhas como Fiji, Samoa, Tahiti, Moorea e Bora Bora. Viajaram em busca de inspiração para essa nova animação. E não foram poucas viagens. A primeira foi em 2011, e dali seguiram várias outras expedições.
O resultado é a animação Moana: Um Mar de Aventuras (Moana, 2016), indicada ao Oscar de melhor animação em 2017. O filme também foi indicado ao Globo de Ouro, mas perdeu para a animação Zootropia, também da Disney. Confira a seguir um pouco mais sobre o filme e sobre as ilhas que inspiraram a produção.
Moana: Filme da Disney foi Inspirado em Ilhas do Tahiti
Uma heroína viajante desbravando os mares da Polinésia Francesa
Viajar para uma ilha da Polinésia Francesa é aquela viagem dos sonhos de muita gente. Enquanto o lugar ainda não rola para mim ou para você, no cinema a gente pode viajar para mares nunca dantes navegados.
E a animação Moana sacia um pouco essa vontade de navegar pelos mares da Polinésia Francesa.
Composta por ilhas como Tahiti (a maior ilha do país), Moorea (localizada a 40 minutos de balsa de Tahiti), Huahine, Maupiti ou Bora Bora, os cenários são absolutamente cinematográficos.
A Polinésia Francesa que inspirou Moana
Antes de tudo, é legal conhecer todo o processo de pesquisa realizado pelos estúdios Disney para que a produção fosse fiel às características culturais e naturais do destino.
O chefe de animação da Disney, John Lasseter (diretor de Toy Story), determinou que os diretores de Moana partissem num trabalho de pesquisa para a Polinésia Francesa.
A equipe da viagem foi composta por um grupo de antropólogos, historiadores, linguistas e coreógrafos, como conta a reportagem da Vanity Fair, numa expedição que ficou conhecida como Oceanic Trust. Essa própria viagem já daria um filme, só acho. Tanto que, por conta da viagem, os idealizadores acabaram mudando a história.
Inicialmente concebida para que o semideus Maui fosse o protagonista, após a viagem eles tiveram a ideia de centrar a história em uma mulher. Dizem eles, inspirados pela força das mulheres da região.
“Quando nós visitamos aquelas ilhas, John [Musker] e eu estávamos especialmente interessados em conhecer pessoas que viviam nas ilhas cercadas pelo oceano. A gente imaginava como isso afetaria o ponto de vista deles. E aprendemos muito. Nós aprendemos como o mar e a terra são um e o mesmo. Como essas pessoas pensam o oceano como algo que une as ilhas, não como algo que as separa”, declarou o diretor Ron Clements para o Huffington Post.
Quem assiste o filme, no entanto, nota uma nítida inspiração no sucesso da animação Frozen – Uma Aventura Congelante (esses subtítulos que colocam no Brasil são terríveis).
Moana, uma heroína viajante
Assim como Frozen, Moana segue a linhagem das princesas da Disney. Mas ao contrário dos outros filmes, a princesa não precisa de um príncipe ou de um par romântico para seguir sua narrativa. Além de Moana, o filme Valente (Brave, 2012) também não tinha um interesse romântico para sua protagonista.
Moana é independente e tem um desejo insaciável de viajar, de desbravar o desconhecido. O desejo vai contra às vontades do pai e também chefe local, que quer todos fiquem dentro dos limites do recife e da ilha em que vivem.
Mas por conta de uma maldição, Moana segue em uma viagem ao desconhecido para tentar salvar a sua terra. Quer heroína mais cativante?
“Nós gostamos de ter um elenco diversificado de princesas, de ver diferentes países ao redor mundo, através das marcas pessoais, pele negra, cabelo escuro, características da Ásia, Oriente Médio, Europa ou América Latina, com as quais as pessoas consigam se identificar”, declarou John Musker, um dos diretores. Eles até cogitam no futuro, possa existir uma princesa gay.
No Brasil, Moana já superou Frozen e se tornou a animação da Disney mais vista em nossos cinemas. Já foram mais de 4 milhões de pessoas.
O filme tem momentos encantadores. Uma das sequências iniciais, quando a pequena Moana (que significa Oceano em algumas línguas locais) interage com o mar, impressiona pela beleza. E o filme é esperto em tornar o mar da Polinésia Francesa, um dos personagens dessa história.
As ilhas do Tahiti e um cruzeiro na Polinésia Francesa
A inspiração do filme na Polinésia Francesa foi tão grande que o destino Tahiti resolveu fazer uma sessão do filme para convidados.
A sessão rolou em um cinema de São Paulo, em parceria com a Qualitours (empresa especializada em cruzeiros marítimos) e a Paul Gauguin Cruises, que faz cruzeiros de sonho pela região. Um cruzeiro de 7 dias pelas ilhas do Tahiti custa a partir de US$ 3.945,00 (ref.: fevereiro de 2017). O roteiro do cruzeiro inclui as ilhas Huahine, Tahaa, Bora Bora, Moorea, além da capital Papeete.
O cruzeiro se destaca pelo alto nível dos serviços e de sua gastronomia, assinada pelo chef Jean-Pierre Vigato, do restaurante Apicius em Paris (2 estrelas Michellin). Um dos diferenciais é que o Paul Gauguin possui uma plataforma retrátil. O equipamento facilita o desembarque dos passageiros para práticas no mar, como o windsurf, paddle board, caiaque ou mergulho.
O cruzeiro é o único navio de luxo nas Polinésias Francesa que oferece certificação PADI a bordo, mesmo para mergulhadores iniciantes. Aliado com as belezas da região, forma um conjunto e tanto.
Antes de exibir o filme, o pessoal do turismo do Tahiti fez uma apresentação sobre o destino e lógico, todos os convidados saíram inspiradíssimos.
Quem já foi para lá é o Oscar Risch do blog Viajoteca, vale dar uma olhadinha em mais essa viagem incrível que ele e o seu marido fizeram.
Dicas da Polinésia Francesa no Viajoteca
O destino Tahiti possui um site em português com boas informações para quem deseja planejar sua viagem, vale conferir.
Site oficial das Ilhas do Tahiti
Poucos lugares conseguem ser tão cinematográficos como esse, né? Dá até para imaginar a gente num bangalô sobre as águas transparentes do Pacífico, ou navegando nesse cruzeiro com alguma ilha paradisíaca de fundo.
Alguns outros filmes já foram gravados na Polinésia Francesa. Entre eles estão Encontro de Casais (Couple Retreat, 2009) e Rebelião em Alto-Mar (The Bounty, 1984). O destino possui um escritório em Los Angeles onde procura incentivar mais produções a serem gravadas por lá.
E se fosse ficou animado para conhecer as ilhas do Tahiti, que tal fazer como a equipe de Moana? Bora embarcar para uma viagem para lá? Seja para fazer pesquisa de um filme em produção ou para uma linda viagem de lua de mel. Que o mesmo ímpeto de viajante de Moana alcance você. Porque por aqui, o cinema mais uma vez inspirou a gente a fazer novas viagens.
Nota: O Viagens Cine recebeu um convite para conferir o filme Moana por intermédio do blog Histórias da Di, em evento promovido pela Qualitours, Ilhas do Tahiti e Paul Gauguin Cruises.
7 Comentários
esse desenho fez eu mudar meu roteiro de viajem,……………..
Lindo né.
Eu amei demais esse filme! Além da Polinésia, tem tanta coisa da Nova Zelândia, que é a minha queridinha. Fiquei bem emocionada com as referências, com as canções (que escuto todo dia hehehe)
Adorei as ligações do texto entre o desenho e a Polinésia, muito bom! É um lugar que eu quero muito conhecer. Me fez lembrar de assistir de novo, legendado dessa vez!
Beijinhos
Que post legal! Muito bom, adorei. Eu gostei do filme, muito diferente de “outras princesas”. Abração
Valeu Rafael, obrigadão. Novas e diferentes princesas serão sempre bem-vindas né? Abração.
Não sabia que a história era para ser centrada no personagem do semideus. Ainda bem que viagens mudam a nossa forma de ver o mundo, né? A personagem da Moana é que fez essa história ser especial.
E a pergunta que não quer calar: quando vamos para a Polinésia? 😉
Pois é, essa mudança foi demais. E sobre a pergunta que não quer calar, vamos vamos vamos!!!