Nesse texto, vamos comentar um pouco como se locomover em São Francisco, sem carro. Isso porque decidimos ficar esses 4 dias em São Francisco somente utilizando as opções de transporte público.
O motivo é porque a cidade tem um trânsito e um estacionamento complicados, além de valores altos para estacionar (aliás, tudo parece meio caro em São Francisco, desde hotéis, alimentação, até mesmo o custo das vagas).
Mas a notícia boa é que dá para se virar tranquilamente sem carro em São Francisco. A cidade tem seus desafios para os turistas, afinal não é uma cidade plana. Mesmo assim, opções não faltam. Vamos conferir cinco delas.
5 Dicas de Como Circular em São Francisco sem Carro
Confira essas opções de como se locomover nessa cidade cheia de ladeiras e caminhos deliciosos para percorrer a pé
1 – San Francisco a pé
Nós adoramos andar a pé, mas caminhar em São Francisco pode ser um desafio, por causa de suas ladeiras.
A cidade tem várias colinas, em alguns bairros elas são bastante íngremes. Por sorte no bairro em que ficamos, próximo ao centro, as subidas e descidas eram razoáveis.
A Market Street, uma das principais avenidas de SF, é quase totalmente plana, assim como os caminhos no Embarcadero e em Fishersman’s Wharf, então também são ótimas regiões para caminhar.
Apesar de algumas ruas planas, bairros como o Castro, Pacific Heights e Nob Hill têm muitas ladeiras (o que aliás é o charme da cidade). Então apesar de cansativas, algumas dessas ladeiras precisam mesmo ser percorridas.
Para mim, o pior problema de andar a pé mesmo foi para a quantidade de sem teto e de gente doida circulando pela rua. Na região de Tenderloin, que fica pertinho do Civic Center (e também do hotel em que ficamos, o Hotel Vertigo), a quantidade de homeless é impressionante. Eles estão por toda a parte: ônibus, ruas, estabelecimentos. Gritam, falam coisas sem nexo, circulam com suas malas de viagem pela cidade. Mas aparentemente são uma parcela de loucura que não chega a ser propriamente de insegurança na cidade.
2 – Os bondinhos de San Francisco
Circular de bondinho em São Francisco é uma atração turística. A fila para pegar o bonde na Powell Street leva mais de uma hora.
Tudo para embarcar num bondinho aberto e ter aquela sensação de descer e subir ladeiras pela cidade de São Francisco.
Sinceramente, nós até esperamos um pouco, mas não tivemos paciência para esperar todo esse tempo numa fila. Para mim, mais do que 30 minutos de fila já é motivo para desistir de um programa.
Então a saída mesmo é andar pelos bondinhos da Market Street. A linha F circula desde o Castro até Fishersman’s Wharf. Alguns dos bondes são super antigos e foram “importados” de vários outros destinos americanos para São Francisco. Um patrimônio da cidade.
3 – De metrô ou de ônibus
São Francisco conta com uma rede de metrô relativamente abrangente.
Mas no nosso caso acabamos usando o bondinho e os ônibus. Para saber os trajetos, nós acessamos o próprio site do Google, colocamos o ponto de partida e o destino, e ele indica algumas opções de linhas. Quase sempre dá certo.
Para nós que estávamos com o CityPass, foi uma mão na roda. O passe dá direito a andar de ônibus, bonde e metrô quantas vezes você quiser, no prazo de até 9 dias consecutivos. Basta apresentar o passe na entrada do veículo.
4 – Dê ônibus hop-on hop-off
Os ônibus hop-on hop-off são sempre uma boa opção para explorar turisticamente as cidades.
No caso da Big Bus Tours, ela opera em alguns destinos como Chicago, Las Vegas, Londres, Nova York, Paris e Roma, entre outros. Vale verificar no site deles antes de viajar.
Entre as coisas que mais gostamos no hop-on hop-off, estão o audio guide em diversas línguas, inclusive em português, que conta diversas informações e curiosidades sobre os lugares em que estamos passando. É uma ótima forma de passear e se locomover, e ao mesmo tempo, conhecer a cidade.
O serviço é frequente e você pode descer em qualquer uma das paradas, pegando o próximo ônibus. O importante é guardar o ticket para mostrar no próximo embarque.
Pessoalmente, achei o valor US$ 50,00 um pouco elevado, por isso cogite o Dynamite Tour, que vale 2 dias e custa US$ 60,00. Verifique outras opções no site da Big Bus.
5 – De Uber ou Lyft
Nós chegamos no Aeroporto Internacional de São Francisco de madrugada, quando o serviço de transporte público não funciona mais.
Por isso, nossa esperança é que a corrida de Uber não custasse muito.
Desembarcamos no aeroporto e logo em seguida eu chamei um Uber. No aeroporto, só conseguimos chamar o Uber Pool, que é aquela opção em que você divide o carro com outros passageiros.
Ficamos felizes na hora de pagar a conta do Uber: US$ 16,00 do Aeroporto até o hotel, cerca de 23 quilômetros de distância. Usamos em outros momentos, como por exemplo para chegar na Golden Gate, a corrida ficou por US$ 5,00. Enfim, fica aí a boa notícia: usar o Uber no exterior é tão barato como no Brasil.
Em São Francisco o Uber também tem a concorrência do Lyft, que dizem, é ainda mais barato. Vale conferir.
Mas como vocês puderam ver, existem várias formas de circular sem carro por São Francisco.
Infelizmente, alguns lugares ficam mais distantes e sem carro, fica mais difícil chegar até eles.
De qualquer forma, como nossa viagem viraria uma road trip pela Califórnia, talvez seja uma boa opção pegar o carro alugado no seu último dia em São Francisco e aproveitar para fazer tudo o que você não conseguiu através dos outros transportes.
1 comentário
Ótimas dicas! Todas anotadas para minha visita a San Francisco na semana que vem. Obrigado!