Yosemite Park, 7h da manhã. O dia tem que começar cedo para quem vai para o Parque Nacional de Yosemite, principalmente se você não escolheu bem onde ficar próximo ao Yosemite Park.
Essa é uma das dicas para quem segue viagem o Yosemite National Park, uma das principais atrações de um roteiro de viagem pela Califórnia.
Mesmo tendo escolhido uma base próxima à entrada do Yosemite Park, ainda ficamos um pouco distantes. E embora tenhamos acordado cedo, só fomos chegar em um dos pontos de interesse, depois das 10h30.
Confira a seguir o que fazer no Parque Nacional de Yosemite, algumas dicas de como chegar e onde ficar, além de algumas belas imagens de um dos lugares mais lindos que eu já conheci.
Yosemite Park: Dicas
O que fazer em 1 dia no Parque Nacional de Yosemite
Onde Ficar em Yosemite
Existem várias bases possíveis para se hospedar próximo do parque, as mais conhecidas delas são Mariposa e Merced. Pesquisei bastante no Booking.com e quanto mais perto do Parque Yosemite, mais caros eram os valores.
E mesmo sabendo daquela máxima que quem converte, não se diverte, a cabeça pensa em dólar e converte. Então procurei um valor que fosse mais próximo do que estávamos dispostos a pagar, para um hotel que ficaríamos muito pouco, já que o negócio em Yosemite é acordar cedo e voltar tarde.
Escolhemos ficar em Jamestown, próximo de Sonora. Os preços por aqui foram os melhores que encontrei na região. Jamestown e Sonora são cidades históricas, bem pequenas e charmosas. Alguns prédios datam de 1800 erguidos durante o auge da época da mineração de ouro na região. Sonora e Jamestown fazem parte de uma região chamada “Gold Country”.
Acontece que de Jamestown até a entrada do parque, leva 1h30 de estrada. E como se não bastasse, parte desse trajeto é feito numa estrada cheia de curvas e no alto de montanha, um percurso lindo de morrer, porém bastante cansativo.
Portanto, dica número 1 é ficar no máximo a 1h de distância não da entrada do Yosemite Park, mas da atração que você pretende visitar lá dentro. O Parque é enorme, então você pode achar que ficar próximo da entrada é o bastante, mas são 4 entradas e diferentes possibilidades de passeio.
Nós ficamos no Miners Motel Jamestown, um hotel bem simples, até com um cheirinho ruim no quarto, que tentávamos amenizar ligando o ar condicionado. A noite dava um pouco de medo e parecia que estávamos no Bates Motel hahaha. Enfim, atendeu nossas necessidades, mas não recomendo. Pagamos US$ 75,00 a diária.
A Alessandra e a Sofia do Tô Pensando em Viajar ficaram no Miners Inn Mariposa, vale conferir. A diferença de valor, no entanto, é de US$ 100,00 mais caro.
Chegada no Parque Nacional de Yosemite
Enfim, chegamos por volta das 10h30 em uma das entradas do Parque Nacional de Yosemite. A entrada para o parque custa US$ 30,00 por veículo e vale por 7 dias.
Fique ligado antes de entrar no parque. Os trajetos são distantes e é provável que você gaste boa parte da gasolina do carro. Se fora do parque, a gasolina estava custando US$ 2,60, dentro dele saiu por US$ 3,40. Portanto, tente abastecer o máximo que você puder antes de entrar.
Nos encontramos lá no final do dia em Yosemite, com o tanque na reserva. Foi um pouco tenso, mas afinal chegamos em um posto dentro do parque, onde pudemos abastecer.
Vindo de Sonora (que aliás é a mesma entrada para quem vem de São Francisco), nossa entrada foi pela Big Oak Flat Road, uma estrada que logo encontra o caminho para Tioga Road.
O que fazer em Yosemite
Fique ligado já que uma vez que se aproxima do Yosemite Park, o celular não funciona mais, então ficamos um pouco perdidos (aqueles totalmente dependentes do Waze). É hora de voltar a olhar placas e mapas para saber caminhos e distâncias.
Conhecendo as Sequóias: Tuolumne Grove
Ali no comecinho do parque estão duas atrações para quem quer ver as sequóias, essas árvores centenárias e gigantes. Tanto em Merced Grove como em Tuolumne Grove, há bosques com as sequóias.
Nós visitamos o Tuolumne Grove, que segundo dicas que pegamos no Ideias na Mala, tem o acesso mais fácil e, por isso mesmo, também é o mais lotado. Como visitamos o lugar no finalzinho do dia, já estava bem tranquilo e conseguimos fotografar as sequóias sem muito problema.
Mas o lugar nos decepcionou um pouco. Ao invés de uma floresta de sequóias, vimos apenas algumas (poucas) delas espalhadas.
O melhor do passeio foi mesmo uma árvore que possui uma passagem para carroças bem no meio da árvore.
As sequóias são realmente impressionantes, mas dependendo apenas da visita no Tuolumne Grove, nossa curiosidade ficou a desejar.
Os mirantes de Yosemite
Cruzando estradas no alto das montanhas ou na base do rio Merced, quem viaja de carro pelo Yosemite acaba encontrando vários mirantes no seu caminho.
É fundamental que você dirija e fique preparado para uma parada para contemplar o visual. Em alguns trechos da estrada, há espaço para o acostamento, mas tudo muito estreito. É o bastante para tirar algumas fotos, admirar a paisagem e voltar para o carro.
No post do Ideias na Mala, a Marina tinha comentado sobre não deixar alimentos no carro por conta dos ursos. Como só passamos por lugares mais movimentados, não cruzamos por nenhum deles, ainda bem.
Bridalveil Fall
Um dos primeiros pontos de parada para quem chega no Yosemite, já pertinho do Yosemite Valley, é Bridalveil Fall. A trilha até a cachoeira é bem curtinha e você chega super perto, na base mesmo da cachoeira. Muita gente sobe nas pedras, mas é preciso cuidado extremo para não escorregar.
No nosso caso, infelizmente, estávamos no mês de setembro, quando boa parte das cachoeiras e lagoas secam. Dessa forma, apenas um filete de água corria pela Bridalveil.
Mas como já tinha ido pra lá na primeira vez, tenho uma foto da cachoeira com a queda d’água mais cheia. Foi preciso até um pouco de cuidado para a água não molhar a câmera.
Tunnel View
Para mim, o ponto mais emocionante de uma visita até Yosemite é o Tunnel View, um mirante absolutamente espetacular de onde se vê o El Capitan (bem em frente à cachoeira), um enorme penhasco debruçado sobre o vale do rio Merced, o Half Dome e a Bridalveil Fall. O cenário é de tirar o fôlego.
Veja a seguir duas fotos. A primeira foi em junho de 2005, na minha primeira visita em Yosemite. Mês em que a neve começa a se dissolver e a as águas das cachoeiras estão no seu volume máximo. Na segunda foto, em setembro de 2016, a cachoeira já praticamente seca, e mal se enxerga a partir do Tunnel View.
Chegar é bem facinho, estacionar é que pode ser mais complicado.
Nós encontramos alguma dificuldade para achar um lugar para estacionar, mas afinal conseguimos. De qualquer forma, caso não encontre, é só esperar um pouco já que ninguém fica muito tempo por ali. Nesse ponto é só uma parada para fotos mesmo.
Uma curiosidade é que o mirante está grudado a um túnel. Ao sair do túnel (quem vem do Glacier Point), você dá de cara com visual do Tunnel View, é de tirar o fôlego. Deixe sua câmera preparada para filmar a saída do túnel.
Estrada até o Glacier Point View e Half Dome
Prepare seu tempo e seus braços para dirigir por mais de 1h em uma estrada de mão dupla, cheia de curvas e, em alguns momentos, bem estreita. Eu fiquei com o coração na mão quase o tempo inteiro. Mas o Cleber dirige super bem, então dá para ficar um pouco mais tranquilo.
Uma dica essencial em Yosemite é programar bem o seu tempo. Yosemite é um parque enorme, e os deslocamentos podem demorar bastante. No nosso caso, por exemplo, foram 1 hora para ir e 1 hora para voltar do Glacier Point. Considere ainda tempo adicional para encontrar lugar para estacionar o carro e o próprio tempo que você levará para explorar cada ponto de interesse.
O caminho para o Glacier Point consiste basicamente em subir montanha acima, até um dos pontos mais altos do parque, de onde você fica cara a cara para o Half Dome, com mais de 1.500 metros de altitude.
Tão perto que é possível ver algumas pessoas lá no alto da pedra, os corajosos que enfrentam a difícil e concorrida trilha até o topo do Half Dome. Para conseguir uma vaga, é preciso se programar com meses de antecedência.
Para nós, simples mortais, essa paradinha em Glacier Point já foi de tirar o fôlego. E não é apenas uma parada. Nesse ponto, existem várias trilhas e caminhos com diferentes visuais para o cenário incrível de um dos pontos mais altos do Yosemite Park.
Washburn Point
Um pouco antes do Glacier Point View, tem um outro mirante também muito legal, e mais tranquilo do que o Glacier Point, ideal para quem quer fugir da muvuca e conseguir algumas fotos com menos gente em volta. Mas lógico, o ponto final é mesmo o Glacier Point.
Chegando lá, ficamos chocados com a quantidade de carros e o trânsito. Tudo parado, demoramos uns 20 minutos só para conseguir estacionar.
Nisso, perdi o horário da reserva que tinha feito para o restaurante dentro do The Majestic Yosemite Hotel (ou Ahwahnee Hotel). O lugar teria inspirado os cenários internos do filme “O Iluminado”, de Stephen King (no filme, o fictício Overlook Hotel).
Glacier Point
Enfim, estacionado no Glacier Point, comemos um lanche já que o almoço tinha dançado.
Os pontos de vista aqui são os mesmos do mirante anterior, mas mesmo assim sempre rola uma foto com um ângulo diferente, com algum detalhe de paisagem que pode ser inserido, enfim, existem alternativas e o Glacier Point também é imperdível.
El Capitan
Depois de conhecer algumas das atrações do Parque, já seguimos para a saída.
Vale destacar que é a segunda vez que visito Yosemite, e a segunda vez que me encanto demais com o lugar. Antes de sair, vale dar uma paradinha em frente ao El Capitan.
Há um grande campo sem árvores, com a imponência do El Capitan a sua frente, com seus 900 metros de altitude. Mais um lugar perfeito para fotos.
Tanque cheio, mas ainda sem sinal de celular (celulares não funcionam não somente em Yosemite, com em algumas cidades vizinhas), seguimos pelas estradas da região, que já são uma atração a parte.
Como sempre dizemos, tudo o que a gente quer é fazer justiça aos lugares que visitamos, através das fotografias. Confesso que a tarefa no Yosemite não foi fácil.
São tantos lugares incríveis que fica difícil destacar um ou outro registro. Assim que o sinal do telefone voltou, já saímos publicando nossas fotos.
Confira o roteiro completo da viagem de São Francisco a Los Angeles na Califórnia
Leia também:
Yosemite: guia completo no Ideias na Mala
Yosemite no Inverno no Tô Pensando em Viajar
23 Comentários
Oi tudo bem , qual aeroporto mais perto do parque?
E obrigado pela postagem pela dica otimo trabalho !
Oi, Marcelo. Os aeroportos mais próximos ficam em Fresno (próximo da entrada sul e da Mariposa Grove) e Merced (2 horas até o Yosemite Park). Abraços.
Arrasou no post. Vamos visitar em maio do ano que vem e até agora estava na duvida se realmente valia a pena a viagem, até que acheii seu post e me convenceu! Fotos lindas, e o texto detalhado e mostrando o quao interessante é o lugar!
O parque fecha que horas? Dá pra ficar até a noite ou só até o por do sol??
Parabens pelo blog!
Oi, Lilian. Obrigadão, fico feliz que o post tenha inspirado você. O parque funciona 24 horas. No inverno, algumas pistas fecham por causa da neve. Abração.
Oi Fábio,
Estou pensando em visitar o Yosemite com minha esposa agora no mês de maio. Já reservamos 02 dias apenas para o parque. Vamos ficar hospedados numa cidade que fica a 130 km do Parque, mas não encontrei melhores opções. Esta cidade fica a 25 Km da cidade onde você ficou. Você acha que nessa época por lá é muito movimentado de turistas ou é mais tranquilo?
Oi, Jarlan. Os “piores” meses são mesmo no verão, julho e agosto por exemplo. Nos demais o fluxo de turistas é sempre grande, pois o lugar é muito concorrido, mas dá para aproveitar tranquilamente pois a estrutura também é boa. Abraços.
Oi! Adorei o post! Pretendo fazer um roteiro bem parecido… mas por acaso você lembra quanto tempo de passeio foi no total? Obrigada!
Oi, Juliana. Durou o dia inteiro. Minha recomendação é sair o mais cedo possível, para aproveitar melhor o dia, pois há muito o que fazer no parque. O ideal é chegar no parque por volta das 9h da manhã. Abraços.
Vou em fereveiro, ótimas dicas!!! Obrigada!! Amei suas fotos, arrasaram!!
Muito obrigado Bárbara e tenha uma ótima viagem. Só fique de olho pois no inverno é uma viagem totalmente diferente da nossa por causa do clima. Abraços.
Oi, Fábio. Tudo bem? 🙂
Seu post foi selecionado para o #linkódromo, do Viaje na Viagem.
Dá uma olhada em http://www.viajenaviagem.com
Até mais,
Bóia – Natalie
Oba, que máximo Natalie. Um dos meus lugares preferidos nos Estados Unidos, amei estar no linkódromo com ele!!!
Um lugar que tá na minha lista faz tempo, preciso! Amei o post e as fotos 🙂
É demais Sonia, a gente precisa voltar, da próxima vez na primavera para ver as cachoeiras e lagos!
Adorei! Esse lugar é muito especial. Quero voltar com tudo verdinho assim. Obrigada por citar o Tô Pensando em Viajar! 😉
Parabéns pelo post Ale. Beijos.
Melhor epoca April-Maio qdo geleiras e neve derretem. Quem tiver tempo e coragem, uma das aventuras mais interessantes eh atravessar o parque no inverno com esqui pernoitando nas cabanas mais adentro do parque, ou no verao subir o Half-Dome!
Nossa, imagino Davd, deve ser o máximo! Abraços.
Aww como amo este parque 🙂 Um dos meus prediletos nos Estados Unidos. E concordo com tudo o que disse sobre os hotéis que ficam fora do parque. Eu fiquei hospedada em torno de 40 mintuos da entrada do parque, mas dependendo do dia e horário, se tiver trânsito, ai a coisa fica feia 🙁 Uma pena que quando fui a Bridalveil Fall estava totalmente vazia por causa da seca que a Califórnia estava enfrentando. Mais um motivo para eu voltar neste parque hehehe. Vontade é o que não falta 😉 Sonho em ir ao parque no inverno (para ver tudo branquinho), no outono (dizem que o parque fica lindo nessa época) e na primavera para ver as cachoeiras.
Abraços
Várias possibilidades né Josiane. Que bom que o Yosemite é assim tão variado. Mas para mim fez falta ver as quedas de água mais volumosas, ainda mais porque eu já tinha visto antes. Mas como você disse, sempre é bom viajar e ter vontade de voltar. Abraços.